quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Bate papo Yasmim Prado

Autora Yasmim Prado



Minha história como escritora não é nada romântica, eu nunca sonhei em ser uma autora de best-seller, ou imaginei que lançaria um livro. Sempre amei ler, mas, jamais imaginei que publicaria uma obra literária. A DOR DE TENTAR foi escrita de forma tímida, transformei desabafos em um texto e esse texto se transformou em um livro. Depois que comecei a escrever fui me envolvendo por uma inspiração inexplicável, sonhava em terminar e sempre queria mudar algo ou melhorar o que já tinha escrito.


J.D - Escritora Yasmim quando você começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritora?

Eu sempre escrevi sobre tudo, desde que aprendi a escrever que tenho obsessão por papel e caneta, na faculdade sempre tive o maior caderno e ele era todo escrito, cheio de anotações e frases soltas. Quando casei e decidi ser mãe, descobri que eu e meu marido teríamos dificuldade de gerar um filho e teríamos que passar por um procedimento de fertilização in vitro (muito caro e que requer preparo emocional, físico e financeiro). Minha mãe, sempre muito perspicaz pediu que eu contasse um pouco da minha história e escrevesse sobre esse momento e que quando terminasse ela me ajudaria a pagar o tratamento. Eu então iniciei uma jornada de estudo e pesquisa na área de reprodução humana. Juntei com os desabafos que já tinha escrito e daí nasceu A DOR DE TENTAR.


J.D - Quando sentiu que estava pronta para publicar seu primeiro livro? Alguém a incentivou, como foi esta iniciativa?


Em dois meses após minha mãe me incentivar a escrever tinha concluído meu primeiro livro, e pra mim, só escrever já estaria ótimo, porém, para ela, não bastava que eu escrevesse minha história, eu teria que publicar também. Eu nem estava pronta para publicar, mas comecei a pesquisar editoras e me encantei com o trabalho da editora ELLA, eles fazem um trabalho de assessoria incrível e acompanham de perto o autor nas suas angústias e incertezas. Foi então que enviei o original e fui aceita, depois disso, o texto original passou por algumas revisões e estava prontinho para ser publicado. Fiquei muito feliz com a oportunidade de mostrar ao mundo um pouco da minha história e mostrar que não estou sozinha, somos milhares nessa luta.


Além de querer mostrar como me sinto, quis mostrar como se sentem os milhares de casais que tem algum problema de infertilidade. Mas do que isso, meu desejo com esse livro é mostrar que infertilidade não é motivo de vergonha, é uma doença e tem tratamento e as entidades públicas precisam oferecer tratamentos para esse problema de saúde tão ignorado pelas autoridades.


J.D - Como você se sente estando hoje com o livro em mão?


Hoje me sinto escritora, sei que não é fácil ser uma autora nacional ganhar notoriedade no cenário literário brasileiro, mas já estou feliz com as oportunidades que tenho tido no meu estado.


J.D - O que sente quando escreve?


Escrever sempre foi algo muito natural, adoro escrever até lista de supermercado, mesmo com a era digital, celulares e notebooks, eu ainda compro canetas e adoro o som da página de um livro sendo virada. Escrever é algo terapêutico e libertador. Sempre escrevi cartas que não mandei, quando era adolescente escrevia cartas para minha mãe. Porque era a única forma civilizada de conversar com ela (já que eu era uma rebelde sem causa). Escrevia cartas para minhas amigas e ainda hoje escrevo cartas para meu marido e para uma prima especial, com ela tenho um pacto de cartas anual onde trocamos uma carta por ano no dia do meu aniversário.··.


J.D - Yasmim o que mais lhe inspira a escrever?


Prefiro escrever sobre meus sentimentos e minha vida, não tenho muito jeito para ficção ou criar histórias. Acredito que não teria tanta facilidade para escrever uma história que não é real ou não me pertence.


J.D - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?

Eu passaria horas a fio falando do quanto amo chicklit (sou mulherzinha, admito!). Marian Keyes e Sophie Kinsella são minhas preferidas, mas também amo todas as obras de Sidney Sheldon. De nacional tenho uma quedona por Ana Maria Barbosa Silva e todas as mentes que ela retrata em seus livros.


J.D - Como foi publicado o seu primeiro livro? Quais as dificuldades para conseguir publicar suas obras?


Fiz uma publicação por agenciamento, a maior dificuldade é o custo, que para um autor iniciante e nacional ultrapassa os limites cabíveis no orçamento.


J.D - Yasmim fale um pouco sobre “A dor de Tentar”?


Costumo dizer que A DOR DE TENTAR é meu primeiro filho, foram fruto de muita dedicação e foco, coisas que eu não costumo ter na vida. Sempre começo coisas e não termino, com essa obra foi diferente, eu quis terminá-la e desejo de todo coração que ela possa chegar a milhares de famílias que tem as mesmas feridas que eu tenho e possa abraças e encher de esperança o coração desses casais.


J.D - Quais os formatos em que encontramos o seu livro: impresso, e-book, áudio-livro?
Meu livro está disponível impresso, no site da editora Ella e em breve estará no site do Extra, Ponto Frio, Casas Bahia, Livraria Cultura, Saraiva, Amazon.com e na Livraria Universitária (em Teresina).


J.D - Onde podemos comprar o seu livro?


Na Livraria Universitária (em Teresina) e na loja da Editora Ella, no link: https://www.facebook.com/EditoraEllA/app/305990076116431/


J.D - Que dica você daria para os outros escritores com relação à publicação?


Escreva, leia, corrija, escreva de novo, rasgue, escreva leia, crie uma lista de leitores beta e entregue o original, críticas sempre são legais para um escritor. Sonhe, corre atrás, tente um patrocinador e não desista!


J.D - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?


Oferecer oportunidade e dá lugar de destaque para autores nacionais mostrarem seu trabalho em grandes feiras já seria um bom começo, grandes editoras geralmente não abrem as portas para autores nacionais.


J.D - Conte-nos da experiência de esta pela primeira vez em uma Bienal?


Ir a 24ª Bienal Internacional do livro como autora, mostrar meu livro para tanta gente do bem que ama literatura foi surreal, eu não poderia descrever de outra forma, não acreditei que estaria no estande recebendo leitoras e autografando meu livro para elas até que chegou a hora e não era um sonho, eu realmente estava lá. Se você é um autor nacional e tem a oportunidade de participar de um evento grandioso como esse, vai entender o que eu estou dizendo.


J.D - O Bate-Papo Escritor agradece sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Yasmim Prado, que mensagem você deixa para nossos leitores? 


Eu adorei estar com vocês, dividir um pouco da minha história. A minha melhor mensagem é a que vou deixando para a posteridade, minha obra literária, em A DOR DE TENTAR, eu falo de fé, perseverança e recomeço, essas são as mensagens que gostaria de dividir com o mundo.


Para encerrar, agradeço à Secretaria de Cultura do estado do Piauí, a Coordenadoria de Comunicação e ao Governo do estado que me patrocinaram nessa viagem literária a 24ª Bienal Internacional do livro em São Paulo.
Sinopse


Esperar não é fácil, nunca foi e nunca será. Esperar aquela viagem que será inesquecível, esperar o tempo de Deus, esse tempo que não é nosso nem podemos mudar, esperar um resultado, uma ligação, uma gravidez que nunca vem... Ver minhas amigas engravidando, dando à luz, vivendo a mágica e cansativa vida da maternidade, me fez perceber que era isso que eu também queria para mim. Meu nome é Yasmim Maria, tenho 27 anos, sou sagitariana, psicóloga, casada, e meu maior desejo hoje é ser mãe.
Em A dor de Tentar, darei algumas dicas preciosas sobre ser tentante, na ordem de importância que as considero. São dicas que você precisa saber, mas que ninguém o dirá, a menos que esse alguém seja uma tentante tão desesperada, ansiosa e louca por um bebê quanto você, e eu sou essa tentante.
Assim, com a intenção de tocar em milhares de corações que têm as mesmas feridas incuráveis que o meu, resolvi compartilhar as experiências que tive na busca de um único sonho – ser mãe. 


Até A Próxima 
Jaílton Dias